Sometimes is never quite enough..

[,,] A saudade ensina ao coração o que sentiu e apreendeu quando estava a amar sem vontade ou sem prestar atenção. Ensina-lhe o que na verdade meteu dentro de si e jamais compreenderá - e que um dia deixará fugir.
A saudade é o castigo das almas puras, mas distraídas. [,,]

sexta-feira, 3 de junho de 2011

First Time


First Time
[,,] A minha primeira experiência.
A primeira experiência foi como são todas.
Uma sensação de vulnerabilidade.
De atracção pelo desconhecido.
Um risco que se teme, mas que se quer muito correr.
A dentada no fruto proibido.
Foi a procura no corpo, daquilo que o coração sente. E o corpo deseja.
Um palpitar fervilhante.
Um nervoso miudinho.
A curiosidade de quem nunca sentiu, mas desejou.

Foi uma noite de Verão.
Esperei ansiosamente pela sua chegada, qual jovem a esperar pela sua cara metade, que demorava. Ao chegar, não falei, murmurei. Palavras sem nexo.
Preparei o mergulho no seu doce mar.
Olhámo-nos nos olhos e seguimos a voz que soava mais forte.
A voz do desejo.
Da paixão ardente.
À noite, o quarto era escuro.
Num brilho intenso.
A luz era tão forte que podia cegar.
Dois corpos, como duas tochas lampejantes fundiam-se num corpo só, tão forte era o desejo.
Por entre beijos suaves e carícias fomos ao encontro das sensações perdidas e nunca vividas.
Perdi-me no tempo.
No espaço.
Encontrei-me no seu abraço.
No seu corpo.
Sem saber o que fazia, deixei-me levar.
Guiado pelo seu olhar.
Pela confiança e segurança trazida no toque.
Fui levado por uma onda de prazer.
Tal vaga do mar que vai e que volta e naquele momento desejei ser levado e para sempre ficar.
Senti-me amado.
Desejado.
Senti que com ela conseguia voar e libertar-me deste mundo e entrar no reino da fantasia. Onde tudo era possível.
Onde não havia regras nem limites para amar.
Os nossos lábios sussurraram desejos ardentes, assim como as noites quentes de um longo Verão.
Por entre carinhos e beijos descobrimos as sensações.
Os corpos.
O toque.
Despertámos os sentidos.
Acabámos por conhecer-nos melhor. Um ao outro e a nós próprios.
As fantasias tornaram-se realidade.
Reinventámos o prazer sem mesmo o conhecer.
Mas aquele momento era nosso.
Era intenso.
Viciante e ao mesmo tempo libertador.
Os corpos entraram em harmonia.
No escuro do quarto os corpos colados.
E por entre beijos apaixonados, com o toque percorremos curvas voluptuosas.
Os corpos vibraram.
A intensidade do carinho.
Do toque.
A descoberta dos sentidos.
O meu vulto sobre o corpo dela deitada na cama.
O meu peso sobre o seu corpo.
Foi uma entrega total.
Uma busca intensa do prazer.
Foi a realização dos nossos desejos mais íntimos.
Tornaram-se finalmente reais assim como o nosso prazer de amar.
A minha primeira experiência foi como todas deveriam ser.
Uma onda de prazer.
Simplesmente única. [,,]